ATA DA OCTOGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 25-9-2008.

 


Aos vinte e cinco dias do mês de setembro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Claudio Sebenelo, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Maristela Maffei, Neuza Canabarro e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Nilo Santos e Professor Garcia. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Maurício Dziedricki, o Projeto de Lei do Legislativo nº 205/08 (Processo nº 4915/08); pelo Vereador Mauro Zacher, o Projeto de Resolução nº 051/08 (Processo nº 5263/08); pelo Vereador Nereu D’Avila, o Projeto de Lei do Legislativo nº 223/08 (Processo nº 5473/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 912764, 914248, 914313, 914340, 915453, 915607, 923571, 923584, 923593, 924541, 925228, 973059 e 973203/08, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Sexagésima, Sexagésima Primeira e Sexagésima Segunda Sessões Ordinárias. A seguir, o Senhor Presidente informou a ausência da Senhora Elisabeth Silveira, Médica Geneticista da Fundação Brasileira da Síndrome do X Frágil, entidade que faria uso da Tribuna Popular no dia de hoje. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Adeli Sell, em tempo cedido pela Vereadora Margarete Moraes, analisou índices de violência e criminalidade no Município, propondo Comissão Especial para avaliar os serviços de segurança privada que atuam na Cidade. Ainda, propugnou por melhorias na manutenção de vias públicas, criticando a gestão do Secretário Luiz Afonso dos Santos Senna. Finalizando, manifestou-se acerca da construção do Centro Popular de Compras de Porto Alegre. O Vereador Aldacir Oliboni, em tempo cedido pela Vereadora Maria Celeste, reportando-se à Emenda à Lei Orgânica nº 023/06, que veda a prática de nepotismo, denunciou a contratação de parente do Secretário Eliseu Santos para cargo na Secretaria Municipal de Saúde. Além disso, defendeu a municipalização do Centro de Saúde Escola Murialdo e comentou o Projeto de Lei do Executivo nº 018/08, relativo à organização do Programa de Saúde da Família implantado em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei externou sua aprovação pelo governo exercido pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, justificando que esse político tem transformado o Brasil num lugar muito melhor de se viver. Nesse sentido, citou como exemplo de ação merecedora de aplauso a instalação da empresa CEITEC, no Bairro Lomba do Pinheiro, afirmando que mais indústrias ligadas ao setor da informática deverão se instalar na região. O Vereador Alceu Brasinha replicou críticas ao Governo Municipal efetuadas nesta Casa por Vereadores integrantes da Bancada do Partido dos Trabalhadores, afirmando que medidas atualmente cobradas por esses Parlamentares não foram implantadas nos dezesseis anos nos quais o PT esteve na direção da Prefeitura de Porto Alegre. Nesse sentido, defendeu a gestão do Prefeito José Fogaça, asseverando que estão sendo efetivadas obras que beneficiam a população porto-alegrense. O Vereador Haroldo de Souza criticou os dezesseis anos em que o Partido dos Trabalhadores governou Porto Alegre, citando problemas existentes nesse período e que, segundo Sua Excelência, não foram resolvidos, como as áreas da saúde, transportes, limpeza e calçamento de logradouros públicos. Sobre o tema, afirmou que o Prefeito José Fogaça tem feito um bom trabalho na Prefeitura e que a população reconhece isso através dos resultados das pesquisas eleitorais. O Vereador João Antonio Dib analisou a importância do papel dos professores para a formação pessoal e profissional dos jovens, comentando manifestação de protesto promovida por representantes dessa categoria profissional no dia vinte e três de setembro do corrente, nas proximidades do Palácio Piratini. Sobre o assunto, apresentou dados de pesquisa de opinião pública divulgada hoje pela Rádio Guaíba, segundo a qual mais de noventa por cento da população apoiou a atuação da Brigada Militar durante o referido protesto. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença, neste Plenário, da Senhora Elisabeth Silveira e de representantes da Fundação Brasileira da Síndrome do X Frágil, entidade que faria uso da Tribuna Popular no dia de hoje, informando que será agendada nova data para que Sua Senhoria se manifeste neste Legislativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Bosco Vaz discorreu acerca de problemas existentes na época em que o Partido dos Trabalhadores esteve à frente do Executivo porto-alegrense, sustentando que ocorreram diversos problemas na Cidade, que não foram resolvidos, principalmente na área da saúde. Ainda, declarou que o PT criou uma cidade virtual perfeita, que era mostrada na televisão e que contrastava com a cidade real, esta com diversas demandas não-solucionadas. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Guilherme Barbosa afirmou que, com o início do governo do Prefeito José Fogaça as dificuldades na área da saúde pública pioraram no Município e que essa situação não aconteceu por falta de recursos públicos, e sim por deficiências de gestão. Ainda, apresentou denúncias de irregularidades na ocupação de espaços no Centro Popular de Compras e de uso de mecanismos públicos em prol da campanha à reeleição do Prefeito José Fogaça. O Vereador Adeli Sell, em tempo cedido pela Vereadora Maria Celeste, alegou que a base de apoio desta Casa ao Governo Municipal não aborda as reais deficiências da Cidade. Sobre o assunto, mencionou que pesquisas de opinião indicam como o principal problema de Porto Alegre a área da saúde, registrando que essas informações foram comprovadas de fato por Sua Excelência em visitas feitas a vários postos médicos e através de conversas realizadas com usuários dessas unidades. O Vereador João Antonio Dib, em tempo cedido pela Vereadora Maristela Meneghetti, relembrou problemas observados nos serviços públicos de saúde durante o período em que o Partido dos Trabalhadores se encontrava à frente do Governo Municipal. Ainda, citou números referentes aos recursos federais recebidos por Porto Alegre para aplicação em programas na área da saúde, declarando que o montante dessas verbas foi reduzido após a posse do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Vereador Alceu Brasinha, em tempo cedido pela Vereadora Maria Luiza, contraditando o pronunciamento do Vereador Guilherme Barbosa em Comunicações, relativo às dívidas assumidas pelo Governo Municipal no ano de dois mil e cinco, asseverou que esses débitos deveriam ter sido pagos na gestão anterior. Nesse sentido, afirmou que a Prefeitura tinha problemas de falta de maquinário e de crédito financeiro quando da posse do Prefeito José Fogaça. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Executivo nos 044 e 045/08, discutidos pelo Vereador João Antonio Dib. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, o Vereador Adeli Sell debateu o papel do Legislativo Municipal na fiscalização dos atos do Executivo, referindo-se especialmente às restrições impostas aos Senhores Vereadores pela legislação eleitoral. Também, formulou críticas ao Governo Municipal, apontando problemas existentes na Companhia Carris Porto-Alegrense, na Empresa Pública de Transporte e Circulação e no Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz convidou todos para a solenidade de entrega, amanhã, do Troféu Solidariedade, destacando a necessidade de se valorizar o trabalho social desenvolvido pelas entidades agraciadas com esse prêmio. Ainda, informou que serão homenageados nesse evento a Aldeia da Fraternidade, o Senhor Gildásio Alves de Oliveira, a Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Porto Alegre, a Irmandade Santa Casa de Misericórdia, o Senhor Alexander Sapiro e o Instituto Sollus. O Vereador Guilherme Barbosa discorreu acerca da situação financeira da Prefeitura de Porto Alegre quando da posse do atual Governo Municipal, reiterando que o maquinário da Secretaria Municipal de Obras e Viação não estava sucateado e que as dívidas herdadas não eram significativamente grandes. Além disso, respondeu a questionamentos formulados pelo Vereador João Antonio Dib, relativos às verbas do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde destinadas a Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, o Vereador João Antonio Dib, contradizendo o pronunciamento do Vereador Guilherme Barbosa em Comunicação de Líder, pronunciou-se acerca de problemas no maquinário da Secretaria Municipal de Obras e Viação e na iluminação pública de Porto Alegre. Nesse contexto, reafirmou que o atual Governo Municipal teve de pagar dívidas de gestões anteriores e citou recursos federais destinados à saúde pública em Porto Alegre. Às quinze horas e cinqüenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo e Claudio Sebenelo e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Fundação Brasileira da Síndrome do X Frágil não compareceu.

Solicito ao Ver. Claudio Sebenelo que assuma a presidência dos trabalhos.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo da Verª Margarete Moraes.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadores e Vereadoras, quero levantar um conjunto de problemas neste Grande Expediente, porque o papel de um Vereador é fiscalizar o Executivo e é o que eu tenho tentado fazer, com vigor, determinação e sem sectarismos. Já levantei, aqui, de outra feita, e volto a colocar o gravíssimo problema que nós estamos vivenciando na Segurança pública. Eu acho estranho que, depois do que eu falei ontem, aqui, sobre Segurança pública, sobre a Vila Pinto, hoje, casas tenham sido invadidas sem mandado, sem justificativa, sem ninguém em fuga e todas elas revistadas. Casualmente, pessoas que fazem campanha eleitoral - em contradição, portanto -, que não são do Partido de quem está no Governo. Nem vou nominar o Vereador, nem o Partido, mas isto é fato e eu estou atento, eu estou observando. Eu sempre fui um grande defensor das instituições policiais do Estado, porque achava que, depois do regime militar, com a democracia, o Estado Republicano, o Estado de Direito, deveria vingar, e que as regras, as leis, as determinações fossem regiamente cumpridas. Felizmente, o grosso da corporação faz isso, mas há pessoas, hoje, no alto comando, que não pensam assim, que não fazem isso e que estão extrapolando a Legislação. Eu repito: eu estou atento, sim, e aqui fala alguém que combate ilegalidades de todos os tipos, que não vacila quanto a essa questão, que nunca defendeu qualquer nível de transgressão e que não vai mudar de opinião, mas que defende, sim, direitos, como também defende deveres. Para concluir essa parte, repito: estou atendo, estou vigilante e vou continuar assim.

A insegurança é muito grande em algumas regiões da Cidade: no Rincão, na Estrada Afonso Lourenço Mariante; um dia sim, outro também, um bar, um mercado, uma confeitaria, uma farmácia são assaltados. Sim, isso acontece, e não é só lá, não é só lá, mas lá falta efetivo, e nós já solicitamos para a 3ª Companhia do 1º BPM uma reunião, duas vezes, por telegrama, e nós estamos esperando retorno, e vamos continuar pressionando; um abaixo-assinado está sendo feito, em toda a região, colocando essa questão.

E volto a insistir: a Cidade está insegura. Onde está o Vizinhança Segura, tão propalado? Onde está a conexão? Porque agora todo mundo fala da conexão dos rádios entre a Guarda Municipal, a Brigada Militar, o “azulzinho”, o fiscal da Saúde, o fiscal da SMIC, etc. e tal. Se todos aqueles que têm poder de Polícia Administrativa, que têm fé pública, que estão na rua tivessem algum tipo de conexão, a Cidade seria mais segura, mas a Cidade também está insegura por que nós temos vigilância ilegal. Eu estou elaborando, e devo protocolar nas próximas horas, um pedido de Comissão Especial para tratar da questão da vigilância ilegal na Cidade, porque aquilo que deveria ser uma segurança, acaba, hoje, se tornando uma grande insegurança, porque há uma pressão sobre os moradores para contratar certas pessoas e certas empresas que não têm nenhum trato com a questão da Segurança, que não estão dentro da Lei, e, portanto, nós vamos questionar isso de A a Z, como fiz no ano passado, aqui, com a Comissão Especial que tratou da questão dos desmanches, dos ferros-velhos, das ilegalidades ali praticadas.

Eu quero também colocar um conjunto de questões sobre as vias públicas de Porto Alegre. Não bastasse a buraqueira que existe na Cidade - se alguém atravessar a cidade agora, Ver. João Antonio Dib, vai ver as bacias, as bocas-de-panela viradas para cima -, ao lado da Assembléia Legislativa do Estado colocaram os cavaletes da EPTC, tal era o tamanho do buraco em plena rua Duque de Caxias. Imaginem na periferia!

Eu queria falar do quadro dramático do 4ª Distrito, até porque tem Vereador aqui que fala que é Vereador do 4ª Distrito. Besteira. Nunca foi, não é e não será! Só balela para enganar desavisado!

No 4º Distrito as bocas-de-lobo estão sujas, qualquer chuvinha alaga, há “panelas” por todas as ruas; está tudo esburacado, absolutamente tudo esburacado. Mais do que isso: sujeira para todos os lados. Alô, Prefeitura, o 4º Distrito clama por atenção! Por muita atenção, porque hoje não há absolutamente nenhuma.

Eu nem vou falar das faixas de segurança que não são pintadas na Cidade, porque, afinal de contas, a gente viu na semana passada o que os Vereadores acham do Secretário Senna. Foi ele botar os pés aqui no plenário e dez Vereadores, na hora, mudaram de opinião, que não iam votar um Projeto de Lei e acabaram votando todos - uma clara demonstração –, não porque estivessem totalmente a favor do Projeto de Lei, mas votaram contra o Secretário Municipal de Transporte e Circulação. Porque o negócio desse Secretário, que já denominei de Luiz Afonso “Viajando” Senna, é viajar; em todos os sentidos. Vários Vereadores aqui estão agora cochichando no microfone, mas vai ficar todo mundo querendo aplaudir essa questão. Alguns agora vão falar que não é apoiado, mas isso é para “fazer onda”, porque aqui a oposição aos dirigentes da EPTC é de 100%; porque eles não respeitam nenhum Vereador. Eu li as respostas da EPTC aos Pedidos de Providências, que chegaram ontem aqui. Todas são iguais. Eu li o meu, que eu pedi sei lá o quê; li o da Verª Maristela Maffei, e a resposta era a mesma da minha, mas era outro assunto, era outra linha de ônibus. Aí, peguei o Pedido do Haroldo ou do Bernardino – não lembro -, peguei de um ou de outro Vereador – da situação! – e a resposta era a mesma! E o assunto era outra linha de ônibus. A resposta é sempre a mesma: “Verificamos... Não há necessidade...”

Gente, esta aqui é uma Casa séria! As pessoas lêem – as pessoas lêem -, Ver. João Bosco Vaz, as pessoas lêem os PPs! Eu imagino como fica o cidadão de Porto Alegre recebendo uma resposta de um Pedido de Providências enviado, Verª Maristela Maffei, pelo Sr. Luiz Afonso “Viajando” Senna. É impressionante! É impressionante! É sempre a mesma coisa.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, quando houve o Fórum que a Câmara fez na PUC, ouvi o Sr. Afonso Senna dizer que quando perguntam a ele o que ele é, ele diz: “Estou de Secretário e sou professor.”

Bem, quem está de Secretário não está em coisa nenhuma, porque o indivíduo é ou não é. Portanto, nós não podemos esperar grande coisa daquela parte.

 

O SR. ADELI SELL: Exatamente, Shakespeare já dizia: “ser ou não ser”. O problema é que, não sendo, não é; ou seja, não existe gestão na EPTC. As placas na Cidade: na Rua Riachuelo tem uma placa do ônibus de turismo, só que o ônibus de turismo não pára lá.

Nós fizemos um Pedido encaminhado pela comunidade do entorno – eu sou morador dali -, e a resposta que nos foi dada: tem que ter um abaixo-assinado. Liguei para a EPTC e disse: “Olha, eu sou morador, sou Vereador, o ônibus de turismo não pára mais lá e, não parando, como tem uma placa de turismo, os ônibus de turismo da Cidade em vez de pararem em outros lugares que deveriam parar, param todos na esquina da Rua General Câmara, e o pessoal que sai da garagem, ali embaixo, imaginem como é que vão entrar à direita, porque é a única forma de entrar na Rua Riachuelo.” Eis a resposta da EPTC: “Façam um abaixo-assinado!” Mas quando a comunidade faz um abaixo-assinado, a EPTC também não responde; não responde absolutamente nada! Então, imaginem solicitar a ampliação de uma linha de ônibus! Eu falei da ampliação da linha do T11, que tem um trajeto maravilhoso, do aeroporto até a Av. Juca Batista. Custaria aumentar o trajeto até Belém para completar? Não há absolutamente nada! Talvez um ônibus a mais para cumprir os horários, e todo o povo da Zona Sul, que gasta mais do que uma hora nesse trajeto, poderia ter tranqüilidade para chegar em vários pontos da Cidade. Resposta: “Não, não pode ampliar o T11!”

Hoje de amanhã, uma pessoa me disse que não conseguiu pegar o T3, súper, híper, “tri” lotado. Não dá! É ônibus da Carris, empresa pública, que tem 22,25% da frota do transporte de Porto Alegre, praticamente um quarto, em números redondos! A Carris está sendo destruída por essa gestão, onde há três Partidos que brigam como gato e cachorro - e jaguatirica no meio.

Há seis CCs na Carris que são de Eldorado do Sul - que deve ser uma cidade maravilhosa; deve ser uma experiência incrível o transporte coletivo de Eldorado do Sul para nos legar seis Cargos de Confiança.

E o mais interessante: mostrei aqui duas fotos de dois ônibus da Carris canibalizados, isto é, trocando em miúdos: pegam o ônibus, tiram peças que estão faltando para botar em outro ônibus. Tem jeito isso? Claro que não! Isso está errado! Isso já nem é um problema político: é um problema de gestão. Onde está o ISO da Carris? Foi pras cucuias! Onde está o padrão Carris? Onde está o PGQP? Foi tudo para o ralo! Absolutamente tudo para o ralo!

Senhoras e senhores, quem poderia falar mais, e deve falar, é o Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, o Ver. Guilherme Barbosa, sobre os problemas do camelódromo. Quero dizer que aprovamos centros populares de compras, nunca aprovamos um prédio. E nós entramos no Ministério Público, na Promotoria do Patrimônio Público, questionando acerca da localização e porque não houve o Estudo de Impacto de Vizinhança que está previsto no Estatuto da Cidade. Ali estão sendo cometidas várias ilegalidades. Repito: i-le-ga-li-da-des! Nós estamos atentos.

 

O Sr. João Bosco Vaz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu estou atentamente acompanhando o seu pronunciamento. O que é que presta na Cidade nesses últimos três anos e meio?

 

O SR. ADELI SELL: Ver. João Bosco, V. Exª me conhece e sabe que aquilo que funciona eu reconheço. Não tem muita coisa, mas poderia dizer duas ou três que nós sabemos que há. Por exemplo, na área de Turismo: mesmo sem dinheiro, nós tivemos pelo menos respeito da Ângela Baldino e do Luis Fernando. Isso eu posso dizer, sempre reconheci; mas há Secretários, como eu disse, como o Luis Afonso “Viajando” Senna, do qual temos somente queixas; e não somos só nós, são queixas de toda a Câmara Municipal. Eu vi isso, aqui, na semana passada! Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Ver. Claudio Sebenelo, presidindo os trabalhos; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; público que acompanha o Canal 16; realmente, Ver. João Bosco, há muitas coisas que não funcionam na cidade de Porto Alegre. Vejam só: há poucos dias, nós denunciávamos aqui que o nobre Dr. Eliseu Felippe Santos tem o seu primo Julio Cesar Felippe como Diretor-Geral da Secretaria da Saúde. Nós aprovamos, há três anos, um Projeto de Lei, de minha autoria, com o apoio dos nobres colegas Vereadores: implementamos o fim do nepotismo em Porto Alegre no âmbito da Câmara Municipal e da Prefeitura. Acredito que o Prof. Eliseu Santos não tenha lido a Lei, porque o seu primo é Diretor. Pelo menos é o que dizem os Anais da Prefeitura: que esse Diretor é seu primo, até porque o pai do Julio é o mesmo cidadão que é irmão da mãe do Eliseu Santos; portanto, são primos.

Ver. João Bosco Vaz, há algum tempo, quando nós aprovamos aqui o Projeto, V. Exª perguntava o que eram “afins”? É cunhado, é primo e assim por diante.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Também, V. Exª acaba de dizer um nome que não posso pronunciar aqui, mas é também. Por essa razão é que o Professor Doutor Eliseu Santos, hoje Prefeito de Porto Alegre em exercício, pratica o nepotismo aqui na Cidade, aqui na Capital. E o Governo não se pronunciou sobre isso, o Líder do Governo não se pronunciou sobre isso. Nós vamos insistir, antes da eleição e depois da eleição, porque a Lei é para ser cumprida! Foi cumprida pelos Vereadores, Diretores. Por que não será cumprida pelo Vice-Prefeito da Cidade, o Secretário da Saúde, hoje Prefeito Municipal em exercício? Nós queremos que o Prof. Eliseu Santos diga o porquê de ele não demitir. Ele é Prefeito e pode demitir o Diretor-Geral da Secretaria da Saúde, que é seu primo.

 

O Sr. Haroldo de Souza: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, da primeira vez que V. Exª tocou nesse assunto, a respeito do Prefeito atual, eu liguei para ele na mesma hora – e agora estou sem telefone –, e eu vou lhe dizer o que ele mandou dizer ao senhor: ele mandou dizer que o senhor é mentiroso.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Pois nós temos os dados, inclusive pesquisados pelos nossos colegas de Bancada, de que isso é verídico e que esse cidadão, Julio Cesar Felippe, que tem o mesmo sobrenome do Eliseu, Felippe dos Santos, é primo dele. E, por essa razão, seria importante que ele mandasse um documento, então, para dizer que realmente nós mentimos aqui na Câmara. Até porque, segundo dados e pesquisa do meu colega Guilherme Barbosa, isso é um fato verídico. Portanto, é importante que a Câmara receba as informações do nobre Prefeito em exercício no dia de hoje.

Há dois dias, eu protocolei nesta Casa um Projeto de Lei que estende a meia-entrada aos cinemas e casas de espetáculos aos finais de semana. Por que eu fiz isso, nobres colegas Vereadores e Vereadoras? Porque a gente vê na telinha, no horário político, que são muitos os jovens, os candidatos que querem a meia-entrada, inclusive aqueles que votaram contra, de Partidos que votaram contra. Eu quero só verificar, logo ali adiante, quem votará contra esses cidadãos e cidadãs, trabalhadores, jovens que trabalham durante a semana e que não podem ir às casas de espetáculos durante a semana, e que reclamam que a meia-entrada deveria permanecer, também, durante o fim de semana, porque nós percebemos que quinze reais para uma entrada de um cinema ou de uma casa de espetáculo é muito caro, e que, inclusive, algumas delas estão estendendo o desconto de 30% aos fins de semana. Por que é que a meia-entrada não pode prevalecer, também, nos fins de semana? Ver. João Bosco Vaz, concedo-lhe a palavra.

 

(O Ver. João Bosco Vaz está fazendo uma ligação telefônica em seu celular.)

 

O Sr. João Bosco Vaz: Vereador, estou aqui falando com o Secretário Eliseu, e ele está me recomendando que o senhor entre no Ministério Público, que ele vai provar que não tem nenhum parentesco.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Pois bem, vejam só: o Ver. Bosco é tão amigo do Eliseu que acaba de ligar para ele e acredita que, por telefone, ele dá uma informação, e nós temos que acreditar. Nós queremos os documentos para provar a paternidade do Julio Cesar Felippe e a paternidade do nobre Prefeito em exercício, para saber se, realmente, há afinidade de parentesco ou não. Se não tiver, eu retiro o que estou dizendo.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Aldacir Oliboni, V. Exª está tão irritado! Eu gostaria de saber, e isso V. Exª não disse, se ele está num Cargo em Comissão ou se ele é um servidor do quadro com uma função gratificada; isso faz uma diferença muito grande.

 

O Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, obrigado pelo aparte. Na tarde em que nós trouxemos esse assunto ao Plenário da Câmara, o jornalista da Rádio Gaúcha Léo Saballa Júnior, que tomou conhecimento da nossa denúncia, ligou para o Secretário. E o Secretário falou para ele que era primo em segundo ou terceiro grau; agora, o Secretário está com outra versão! Eu acho que quem mente não é V. Exª, é o Secretário que dá uma informação a cada momento. Alguém que está numa tarefa pública tem obrigação de prestar esclarecimento. A informação que nós temos é de que o pai do Sr. Julio Cesar é irmão da mãe do Secretário Eliseu Felippe Santos. Ele que prove que não é verdade; porque, se não for, ele é que está mentindo, porque deu uma informação para o repórter e está dando outra agora. E o Sr. Julio Cesar Felippe é CC, ocupando o seu nível mais alto, que é o oito.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: É isso aí mesmo, Ver. João Antonio Dib, que nós iríamos informar. É um CC do quadro da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Por essa razão, nós vamos oficializar, através de um Pedido de Providências, para que, então, o nobre Prefeito em exercício possa ter o seu espaço de defesa aqui nesta Casa.

Queria também dizer, Ver. Dr. Raul, que nós estamos aguardando ainda uma atitude do nobre Prefeito para a municipalização da Saúde no Murialdo. Os postos regionalizados, que são sete no Murialdo, quatro estão fechados, e três estão funcionando à meia-boca, com apenas dez consultas/dia, as quais, muitas vezes, não ocorrem. E, agora, estão no regime de greve, deixando uma população de 80 mil pessoas sem atendimento! Pois o nobre Secretário de Saúde, que queria municipalizar a saúde num processo gradual com a Secretaria Estadual de Saúde - e que hoje está exercendo o cargo de Prefeito -, ainda não tomou nenhuma atitude para que tal fato aconteça.

Esses cidadãos e cidadãs da Região Leste de Porto Alegre, que estão sem atendimento médico, estão indignados, estão reclamando o seu direito, que é o acesso à Saúde, o que eles até então não tiveram. E, quando conseguem, uma consulta demora de seis meses a um ano; uma cirurgia demora de um a dois anos para ser realizada. Esse discurso da televisão é vago, mentiroso, porque o período continua muito longo para que uma pessoa tenha acesso a uma consulta com um especialista. E os candidatos vendem uma enorme ilusão, como se amanhã, através da informatização, fossem resolver o problema; como se isso fosse fazer com que um médico atendesse a todos. Mentira! Isso é um processo gradual, é um processo para o qual tem de ser feito com concurso público, um processo que tem de ser feito com humanização e estruturação das Unidades de Saúde; porque, hoje, em todas elas falta a estrutura necessária para dar atendimento à demanda que, atualmente, a Cidade tem.

Por essa razão, nós queremos, sim, que aqueles colegas Vereadores que defendem o Governo venham se pronunciar aqui em defesa do Governo, enquanto que a população está sem atendimento médico, e, mais do que isso, não tem sequer dignidade, coisa que todos os candidatos estão vendendo na telinha. Concedo um aparte ao Ver. José Ismael Heinen.

 

O Sr. José Ismael Heinen: Obrigado, nobre Ver. Aldacir Oliboni, eu não podia deixar de comentar o problema do nepotismo levantado por V. Exª Acho que para nós acabarmos com isso, de uma vez, temos que acabar com os CCs, fazer concursos públicos para que os nossos filhos, o povo todo tenha o mesmo direito, não apenas uma plêiade. Só para colaborar com essa Lei do Nepotismo, seria uma redundância maior acabar com os CCs e termos assessoria através de concurso público. Muito obrigado, essa é a minha idéia.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Oliboni, contribuindo, na área da Saúde, eu acredito que quase todos os candidatos estão propondo, estão prometendo que farão 200 PSFs, independentemente do Partido político a que pertencem. Eu acho que cabe a nós cobrar, cobrar e cobrar incisivamente para que isso realmente aconteça na cidade de Porto Alegre, porque o descaso com os PSFs é o descaso com o humilde, com aquela pessoa que está lá na vila e que tanto precisa do atendimento da Saúde Pública.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Obrigado, Ver. Dr. Raul. Tanto é verdade que há um descaso na Saúde que o Projeto de Lei que veio a esta Casa para regularizar a situação dos agentes comunitários, ao se verificar no controle interno da Câmara, consta como em tramitação. Ora, está em tramitação com três Emendas apresentadas por este Vereador, pela Verª Neuza, pelo Ver. Dr. Raul, pelo Ver. Sebenelo? A Comissão de Saúde está acompanhando muito bem esse caso. Passada a eleição, nós vamos pedir urgência urgentíssima para a votação desse Projeto! Não é justo que se chegue ao final do ano, que vençam os contratos dos agentes comunitários e esses cidadãos tenham como extinto o serviço que prestam. Nós não vamos aceitar isso, exatamente pela demagogia que está sendo vendida na televisão, dizendo que vão aumentar o número de PSFs, enquanto 340 agentes comunitários correm o risco de serem demitidos. Nós não vamos aceitar! Esse desafio será trazido para o Plenário da Câmara e nós vamos pedir urgência urgentíssima, sim, para que esse Projeto seja votado imediatamente após as eleições - não agora, no período eleitoral, para não dizerem que é demagógico por parte de ambos os lados -, para que essa novela seja terminada, até porque todos nós queremos que o serviço de Saúde seja ampliado, e que o Programa de Saúde da Família seja um exemplo, com é em Belo Horizonte, como V. Exª tem falado; mas, na prática, isso não tem acontecido aqui no Município de Porto Alegre.

Por essa razão, indignação do cidadão que está do outro lado, indignação dos Vereadores e todo mundo querendo aumentar o número de PSFs, nós também queremos demonstrar, através do voto, que esse Programa tem de permanecer e, inclusive - Verª Neuza, V. Exª que é parceira disso – temos de discutir a questão dos agentes de combate a endemias, que envolve os agentes de combate à dengue. Não houve manifestação do Governo quanto a esse assunto, não houve a renovação do contrato dos 400 agentes que havia. Em seguida virá o verão, e onde estão os agentes? Para esses agentes que estão preparados, não lhes foi dada a possibilidade de renovação do contrato; agora tem que ser feita uma nova seleção - e o contrato anterior poderia ser renovado por mais quatro meses - para atender o período de risco, que é o verão aqui no Rio Grande, e não somente o período de inverno. O ideal seria uma política permanente com os agentes comunitários - tanto os de combate a epidemias, como os de Saúde -, fazendo com que esse serviço fosse absorvido pelo Poder Público, pela Secretaria da Saúde.

Por essa razão, é de extrema importância que esta Casa se debruce sobre esse tema. Inclusive, para solicitarmos, passadas as eleições, uma audiência pública para que o assunto seja resolvido, de uma vez por todas, sem traumas para os trabalhadores, disponibilizando um maior acesso de todos os cidadãos à Saúde, em Porto Alegre. É um dever do Estado, é um dever do Município, e, com certeza, um compromisso que esta Casa assume: o de dar fim a essa novela sobre os agentes comunitários, que se arrasta há quase dois anos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Aldacir Oliboni.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, este período todos nós sabemos que é de muita luta, mas também muito delicado. E, mesmo nas ruas, na luta, nós estamos também cumprindo com nosso papel de Parlamentar, porque nós não nos afastamos de nossa tarefa de estarmos aqui também trabalhando. É claro que nem todos estão aqui em todas as Sessões, mas podemos dizer à sociedade que nós fomos eleitos até 1º de janeiro do ano que vem, independente de qualquer resultado.

Quero me ater – e, por favor, não levem para o lado pessoal – à grande polêmica sobre o meu Presidente, e de toda a Nação, Luiz Inácio Lula da Silva. É um assunto polêmico, que chega a ser irônico. O Presidente recebeu o meu voto desde o início, e, independente de qualquer outra coisa, se ele for candidato novamente, eu votarei nesse ser maravilhoso, porque ele é muito competente e faz jus ao seu índice de aprovação. Ele é, sim, de fato, o Presidente de todos, Ver. Zé Valdir. Eu sou daquelas pessoas que estou com o meu Presidente - porque eu faço parte da frente, da base do Presidente Lula - nas horas boas e ruins. Agora, há pessoas, há segmentos que querem que a gente esteja com ele só nas horas ruins, e aí “é o meu Presidente”. Não. Em relação ao Luiz Inácio Lula da Silva, o meu Presidente, para o qual eu votei com muito orgulho, eu digo, com tranqüilidade, que, em qualquer momento, eu falo dele, e eu tenho certeza que ele vai se sentir feliz, porque ele recebeu o meu voto e o da maioria da população. Não existe propriedade do Presidente; existem pessoas e segmentos comprometidos, como é o caso da base que sustenta esse Governo. Portanto, chega ser ridícula a posição de alguns segmentos do meu Presidente! É do nosso Presidente, mas esta Vereadora diz que nós não vamos brigar por causa disso. Nós apenas estamos dizendo - e vou continuar dizendo - que a política de ciência e tecnologia do nosso País, que hoje tem reserva intelectual, pela primeira vez na história deste País; que possui o Cientec, a única indústria de chips da América Latina, é fruto da competência e determinação desse Presidente. A luta pelo Cientec não foi só minha, foi de muitos, mas me sinto madrinha também disso. Eu protocolei esta semana, nesta Casa, dentro do Projeto da Lomba do Futuro, a reserva intelectual do Cientec em torno da Lomba do Pinheiro, para a vinda da indústria de silício; porque a Lei nº 11.484, do Ministério de Ciência e Tecnologia, foi elaborada para esse fim. Independente de quem for o Prefeito, está assegurada pelo meu, pelo nosso Presidente Lula, a vinda de indústrias para cá, para essa área. Até pode vir Indústria de Ciência e Tecnologia, mas de nada adianta se não houver reserva intelectual. E nós a temos, Vereador; isso é um orgulho para nós, essa foi uma conquista de muitos cientistas, de muita gente que trabalha nessa área. Foi política e juridicamente que o Lula, o meu Presidente, o teu Presidente, Ver. Adeli Sell, concretizou isso. Então, nós nos sentimos orgulhosos e ninguém vai me tirar esse direito. Ninguém vai me tirar o direito de falar que o Lula nos apóia e apóia todas aquelas pessoas que são de bem, que trabalham e que são a base de sustentação. E o Lula tem mais uma coisa, independente de ser da base de sustentação: ele respeita, porque ele briga pelas instituições e dignifica isso. Por isso, meu Presidente Lula, tenho certeza de que o senhor está orgulhoso desta pequena Vereadora aqui da Capital do Estado do Rio Grande do Sul, e gostaria de dizer que eu lhe apóio e o senhor também me apóia. Muito obrigada, Presidente Lula, por transformar a nossa Nação numa Nação muito melhor de se viver. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigada, Verª Maristela Maffei.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, o que mais me deixa impressionado é o Ver. Aldacir Oliboni! Ele vem aqui, faz o discurso e parece que é verdade. Ver. Dib, Ver. João Bosco Vaz e extraordinário Ver. Adeli Sell, se todo mundo tivesse a grandeza que ele tem, seria verdade. Mais ainda: eles tiveram 5.844 dias, Verª Neuza Canabarro, no Governo, tiveram toda a oportunidade de arrumar o Governo, mas eles não arrumaram, eles esculhambaram, deixaram esculhambado, literalmente quebrado. Quebraram, deixaram sucateado e vêm aqui querer dar lição de moral. Não tem condições! O Ver. Aldacir Oliboni está muito preocupado, mas ele não pode esquecer que não é o Prefeito Fogaça que está tirando vocês; é o PCdoB! Cobra deles, Vereador! E mais ainda, todo mundo sabe, qualquer um de nós, ninguém é criança aqui, o mais esperto é Vereador aqui! É verdade, Ver. Adeli! E aí vem o Ver. Oliboni dar uma lição de moral em todo mundo, Ver. Haroldo de Souza, dizendo que ele é o certo! A saúde está andando bem. Por que os postinhos de saúde estavam sucateados, Vereador? Estavam, e hoje estão sendo todos recuperados. O Ver. Oliboni estava na outra Gestão, teve toda a oportunidade de reformar, fazer e acontecer. Será que ele tinha a mesma qualidade de cobrar o quanto vem cobrar aqui?

Ver. João Bosco Vaz, isso é o mesmo que a casa da gente: a gente gosta de cuidar da casa do vizinho; e a grama dele é melhor sempre.

Aí, chega aqui o Ver. Aldacir Oliboni e diz assim: “A casa do Prefeito Fogaça é ruim.” E mais: tenho o maior respeito e admiração por ele, mas a gente não pode chegar aqui e dizer qualquer coisa, porque tem alguém ali achando que é verdade tudo que falam na televisão. A gente tem que mostrar tudo o que acontece na Cidade, as coisas boas que acontecem na Cidade. Eu não posso entender, porque tudo que vem acontecendo na Cidade vem mudando.

O camelódromo - tem gente que ainda vem brigar, porque acha que é ruim –, que é muito importante para a Cidade, vem acontecendo. Para nós, esta é uma era nova. Está limpando a Cidade. Os camelôs estão todos registrados lá, aqueles que se registraram primeiro, estão lá. A outra Gestão, Ver. Guilherme Barbosa, teve a oportunidade de fazer. O senhor era Secretário, Vereador. O senhor mesmo podia ter proposto fazer um camelódromo. O senhor podia ter feito isto, Vereador. Claro que sim!

Aí vem outro cidadão que é candidato a Vereador, querendo tirar proveito – o Juliano -, e diz que está errado. A gente não pode pensar assim. Poucos dias atrás, havia um cidadão que era candidato a Vereador pelos taxistas - todo mundo jogou dizendo que aquele cidadão estava tirando proveito. Eu acho que não! Qualquer um de nós tem o direito de se candidatar, porque estamos numa democracia; se é porto-alegrense, é do Rio Grande, pode. E o Juliano, esse aí, está levando, “botando pilha” em todo mundo, dizendo que está errado o camelódromo. Só ele que está certo? Ele é fabricante lá em Esteio, Vereador! Ele tem até uma fábrica lá! O que ele quer aqui no camelódromo? Ele nem poderia estar aqui. Agora vem querer “dar uma de bom” aqui! O que é isso? Obrigado, senhores.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Alceu Brasinha.

O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Ver. Claudio Sebenelo, presidindo a Sessão; Vereadores e Vereadoras, pessoas que aqui se encontram e amigos que nos acompanham pelo Canal 16; eu cometi um crime eleitoral, quatro anos atrás, com o meu título de eleitor: eu votei errado, empunhei a bandeira errada! Quatro anos atrás, soubesse eu que o Oliboni e o Adeli tinham toda a razão em tudo aquilo que vinham dizer aqui, eu também teria pego a bandeira do PT, sabe, Sebenelo? Porque a Cidade era diferente mesmo! E eu cometi este grave engano: em vez de, no primeiro turno, segurar a bandeira do Mendes e depois a do Fogaça, eu deveria ter segurado a bandeira do candidato do Partido dos Trabalhadores! Porto Alegre era uma outra cidade: a Cidade estava limpa! A Cidade andava “um brinco”, era uma beleza, não tinha problema de calçamento, não tinha problema de calçada, não tinha problema de asfalto, não tinha barro, não tinha problema, era uma cidade linda! Sem nenhum problema durante 16 anos! Onde é que eu estava com a cabeça, meu Deus do Céu ao ser contra aquela cidade, ser contra aquela Administração?

Filas hospitalares? Quando se viram filas em hospitais, Adeli Sell, durante os 16 anos da Administração petista? De que cabeça saiu isso? Que loucura! Filas em hospitais durante 16 anos, Bosco Vaz?! Mas o que é isso?! Isso é só de três anos e meio para cá!

A Saúde não está bem? Todo o mundo sabe que a Saúde não está bem, mas ela esteve pior. O asfalto na Cidade não está bem? Mas ele esteve pior. A não ser para a militância. Ou nós não sabemos que algumas vilas foram asfaltadas por força de Vereadores e da militância que ali estava?

Por favor, uma Cidade muda repentinamente da noite para o dia? Em três anos e meio, uma profunda alteração! Nós tínhamos crédito internacional; quando o Fogaça assumiu a Prefeitura, ela tinha crédito internacional, tinha dinheiro em caixa, e agora não temos dinheiro para continuar as obras, Bosco! Onde é que nós estávamos com a cabeça indo contra o Partido dos Trabalhadores?! Que injustiça cometemos nós, três anos e meio atrás! Por que eu não ouvi o Ver. Oliboni?! Por que eu não prestei atenção no que dizia o Ver. Adeli Sell, meu Deus do céu? Como eu posso ser tão ignorante a ponto de não enxergar o que o PT fez em 16 anos? Só eu não enxerguei, que coisa!

E o transporte, hein? O transporte de Porto Alegre, João Dib, na Administração petista, era um dos melhores do País; e continua sendo um dos melhores do País. O transporte em Porto Alegre continua o mesmo do tempo do PT: um dos melhores do País, uma das boas coisas que o PT deixou. Eu não sou daqueles de chegar aqui, como o Oliboni: terra rasada de cima até embaixo. Não apresentou uma coisinha sequer que o novo Governo tenha feito! Isso, para mim, é demagogia eleitoreira; para mim, é desespero! Porque, depois de governar por 16 anos Porto Alegre, foi rejeitado; quatro anos depois, está sendo rejeitado mais ainda; sequer está entrando para a briga do segundo turno! Vocês querem uma vergonha maior?

Estou chamando a atenção do eleitorado. Vocês não podem cometer um erro como eu cometi há três anos e meio, gente! Como é que pode a gente não enxergar um palmo na frente do nariz, e só eles enxergarem?! Eu uso óculos também, mas acho que os óculos do Adeli são melhores. Os óculos do Adeli devem ser melhores.

Agora, eu queria perguntar ao Oliboni se ele está absolutamente tranqüilo com o nepotismo, com o nepotismo cruzado. Quero saber se o Ver. Oliboni, autor do Projeto aqui, para o qual todos votamos favoráveis, já naquela época do Sr. Paulo Fernando Souza, filho deste Vereador, que foi demitido, exonerado e mora em Curitiba, está tranqüilo com o nepotismo cruzado. Eu quero saber se todos estão tranqüilos, Ver. Oliboni, com o nepotismo cruzado. Só isso que eu quero.

A caça aos problemas da cidade de Porto Alegre se acentua agora, porque é período eleitoral; mas a gente entende. É difícil a gente governar uma Cidade durante 16 anos, e depois ter a rejeição. Mas provar que durante 16 anos fez uma belíssima Administração e que por isso está ponteando nas pesquisas para retomar a Prefeitura de Porto Alegre... Mintam bastante, façam bastante demagogia, porque é assim - e só assim - que estamos conseguindo afastar ainda mais a sociedade de nós, políticos. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado. Eu que agradeço, Ver. Haroldo de Souza.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Vereador Claudio Sebenelo, que preside esta Sessão; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, vou falar em votos, como todos fizeram. Antes de falar em votos, quero falar no carinho, no respeito que devoto ao professor. Professor, para mim, é a figura mais importante da sociedade. Não é trabalhador na Educação, é professor mesmo. Eu me lembro da professora que me alfabetizou ensinou-me também as quatro operações, a contar, a Profª Marieta Postali, juntamente com a sua filha, a Profª Flora. Depois, eu passei a estudar em outro local, lá em Caxias, com a Profª Pasqualina Dalatéia, e eu tinha seis anos. Depois, o meu primeiro professor, no Ginásio do Carmo, foi o Irmão José. No Ginásio São Carlos, antes do Ginásio do Carmo, a professora foi a Irmã Maria Giacomina Veronese, de saudosa memória, que fez para nós o Hospital Mãe de Deus. Eu me lembro dos professores, com muito carinho, e eles merecem todo o carinho daqueles que foram seus alunos, tenham eles sido bons, maus ou alunos medíocres.

Quando Prefeito, eu chamei o meu Chefe de Gabinete e disse: “Se algum dia chegar alguém aqui e disser que foi o meu professor, pode interromper qualquer coisa que eu esteja fazendo, pois essa pessoa vai ser atendida na hora.” Professor é a primeira figura da humanidade. Dom Pedro II disse que, se não fosse Imperador - e era obrigado a ser imperador -, ele queria ser mesmo professor. Então, o professor realmente é a figura mais importante da sociedade. Pena que, às vezes, o professor não saiba disso. Não há nenhum de nós aqui que não tenha um professor ainda vivo, que tenha sido nosso professor e esteja vivo por aí.

Então, agora, vou falar de votos. Hoje, ouvi, na Rádio Guaíba, no programa do Rogério Mendelski, uma pesquisa sobre a atuação do Cel. Mendes, que usou de força, que agrediu, que violentou e recebeu uma votação aplaudindo o seu posicionamento de 96% contra 4% que condenaram. Noventa e seis por cento contra 4%! E eu vi, nesta tribuna, vários Vereadores fazendo crítica a essa figura, um homem que respeita a Constituição. Falaram, ontem, sobre a Constituição: direito de fazer isso, direito de fazer aquilo, e esqueceram do direito de ir e vir. E o Cel. Mendes não fez outra coisa a não ser assegurar o direito de ir e vir da população porto-alegrense. Essa é a missão do Comandante da Polícia, não é outra! Se os professores estivessem sendo impedidos de se movimentarem para irem às suas classes, ele teria que protegê-los - os professores que nos ensinam, que ensinam a nossa juventude. Não podem fechar uma rua numa hora de intenso movimento, quando poderia haver pessoas doentes, pessoas necessitadas de alguma coisa com urgência; e resolveram fechar a rua.

Eu aqui, Vereador, não tenho que vir aqui emitir a minha opinião apenas, eu tenho que sentir o que acontece lá na rua e trazer para cá a opinião do povo. Mas é verdade também que, de vez em quando, eu preciso discutir com esse mesmo povo a sua própria opinião para buscar a verdade, nem sempre o povo está bem orientado, mas tenho que respeitá-lo. Não posso ir à tribuna da Assembléia Legislativa e desconstituir o Cel. Mendes, ou, na tribuna da Câmara Municipal, um homem que cumpriu com seu dever, um homem que cumpriu com que preceitua a Constituição Brasileira, que assegura aos brasileiros o direito de irem e virem; e esse direito foi impedido anteontem.

Agora, senadores, deputados, vereadores - homens que têm a responsabilidade de orientar a população - orientam mal. Ficam brabos quando são acionadas as forças da Brigada Militar contra os seguidores do Movimento Sem Terra, quando esses esvaziam o tanque de óleo do trator e põem-no a funcionar até fundir o motor... Por que não levaram o trator para utilizar no plantio? Não, era fundir o motor só; e estava tudo bom. Quando atravessam taquaras nos pescoços de cachorros, de gatos, de animais domésticos para mostrar o mal, daí nós vamos falar nos direitos humanos, e eles têm direitos, e, se nesse momento, vier a Brigada Militar e escorraçá-los, ela será a torturadora, a malvada.

Eu acho que vereadores, deputados, senadores têm a obrigação de falar a verdade, têm a obrigação de orientar a população, de mostrar que, quando os professores erram, por mais respeito que tenhamos por eles, é necessário usar a força.

Usem a força. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. Dib.

Quero anunciar a presença da Drª Elisabeth Silveira, Médica Geneticista, e de suas assessoras, que são da Fundação Brasileira da Síndrome do X Frágil, que tratariam do assunto dos Aspectos Clínicos e Comportamentais da Síndrome na Tribuna Popular, que será remarcada hoje, conforme solicitação do Presidente Sebastião Melo. Antes de saírem desta Casa, passem para fazer a remarcação, porque houve um pequeno desencontro de informações.

Além disso, damos as boas-vindas à Drª Elisabeth Silveira e equipe.

Obrigado pela presença de vocês.

O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, tenho repetido, desta tribuna, que reconheço inúmeras, dezenas de boas realizações do PT em Porto Alegre, durante os 16 anos. Reconheço isso!

O que eu não aceito, e já falei aqui, e que é rebaixar o debate, é, a todo o momento, vir um Vereador do PT e dizer que a atual Administração não fez nada.

Então, é preciso lembrar que o PT administrou, por 16 anos, duas cidades: a Cidade Viva, a virtual, mostrada na televisão, que não apresenta nenhum problema; e a cidade real, que tem problemas até hoje.

Ver. Oliboni, eu gostaria que V. Exª me ouvisse em relação à Saúde. Eu não faço parte da Comissão de Saúde, mas a questão da Saúde é uma questão do País todo. Por exemplo: vamos ouvir, agora, o Ver. Guilherme, meu querido amigo e competente Vereador, é tão problemática a saúde, é tão problemática a saúde, Ver. Guilherme - Ver. Guilherme, eu gostaria que o senhor me ouvisse e que o Zé Valdir não atrapalhasse -, é tão problemática a saúde, que, no próprio PT - Administração petista -, o então Secretário, Henrique Fontana, hoje Deputado Federal, pediu demissão porque não agüentou o rojão, de tantos problemas que havia na saúde. Ou não foi? Foi. Foi, pediu demissão, não agüentou. Tão problemática era a Saúde no Governo do PT, que também enfrentou isso, que o Secretário Joaquim Kliemann acabou caindo, saiu. Por quê? Porque ele não conseguiu nem fazer com que os médicos cumprissem os seus horários. Os médicos se rebelaram, e o Secretário Joaquim Kliemann acabou caindo.

Ver. Oliboni, eu gostaria que V. Exª prestasse atenção, e o Vereador-Presidente, que é médico também, porque eu estou falando de uma coisa profunda aqui, para dizer que a Saúde é problema em todos os governos, não só no Governo Fogaça. Eu dei dois exemplos, aqui, aos companheiros do PT - a quem ajudei muito com votos para aprovar Projetos.

Se o médico Henrique Fontana não agüentou o tirão, ficou seis meses e saiu; se o médico Joaquim Kliemann caiu, também saiu, então o problema da Saúde não é um problema só de um governo.

Como estava melhor, se nem os médicos cumpriam horário? Se o Joaquim Kliemann não conseguiu fazer isso, caiu por causa disso? O PAM-3 foi desmontado pelo então Secretário Henrique Fontana, e foi uma das causas por que ele não segurou o rojão, e saiu.

Então, quando os senhores falam aqui, eu respeito, mas vou dizer: o Hospital da Restinga, os senhores prometeram há 16 anos e não fizeram. Assim como o Distrito Industrial da Restinga, que os senhores prometeram, e hoje tem lá 26 empresas. Vocês prometeram o Pronto Socorro Zona Sul, 16 anos, e não fizeram; vocês prometeram também e deixaram pela metade. Ah! Meu amigo, meu amigo! Se V. Exª disser que o Guilherme Barbosa, como Secretário, cumpriu os seus deveres, é verdade. Foi um excelente Secretário. Foi um excelente Secretário e não se reelegeu, porque teve ética e não usou a máquina em favor dele. É preciso dizer - é preciso dizer, se os seus companheiros não reconhecem, eu reconheço isso! - da sua competência, da sua isenção e da sua ética. Agora, que o PT cuidou de duas cidades durante 16 anos, cuidou! Uma, a cidade virtual, que era a Cidade Viva, aquela que estava na televisão, sem nenhum buraco, sem nenhum problema; e a cidade real, que teve problemas na Saúde, como todos os outros Governos têm. Muito obrigado, como diz o Ver. João Antonio Dib: “Saúde e PAZ!”

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Claudio Sebenelo, que preside a Sessão, colegas Vereadores e Vereadoras, o que é preciso relembrar, Ver. Bosco, é que a fala do Prefeito José Fogaça, há quatro anos, era que não havia problema de recursos para a Saúde de Porto Alegre e a questão era de Gestão. Isso foi batido a campanha inteira, e agora o que a gente vê? Com certeza piorou. Com certeza. Qualquer pesquisa na Cidade mostra, a Saúde é a primeira necessidade, com 70%, porque piorou muito, da incompetência do Gus, do Eliseu Santos, e assim por diante. Com relação à grana? Olha, nós deixamos uma dívida, é verdade, por crise cambial, com o dólar, todo mundo sabe, em 2002, a crise que deu do dólar, a arrecadação da Prefeitura por um índice, e o pagamento por outros índices com diferença de mais de 10%; menos de cem milhões era a dívida, e, deixados no cofre pelo elegante Prefeito João Verle 60 milhões; portanto, não chegava a 40 milhões. Isso são duas semanas de arrecadação, Ver. Brasinha. V. Exª Sabia? Quarenta milhões são duas semanas de arrecadação da Prefeitura. É o discurso da incompetência; tem de dizer isso para explicar o pouco que fez. E o pouco que fez foram projetos que nós deixamos em andamento, obra em andamento, obra em andamento, recursos garantidos em financiamento, e assim por diante.

No dia de ontem, recebi, por baixo da porta do meu gabinete, no horário do almoço, dois documentos: o primeiro se referia ao Centro Popular de Compras, sobre o qual íamos ter uma reunião no gabinete da Verª Clênia, agora Secretária Clênia; acho que era “elogiando”, diziam que, em 2006, eu queria acabar com os camelôs, e eu nem estava aqui na Câmara. Estou atuando - porque fomos procurados na CEDECONDH - no contrato, sobre o qual não foi conversado com nenhum camelô, no regimento interno, sobre o qual não foi conversado com nenhum camelô; foi só entre a Prefeitura e o empresário - isso foi reconhecido pelo Secretário Bulling, que estava na reunião, e pelo seu assessor Fabrício. Pelo contrato, a pessoa, os camelôs pagam por semana. Nunca vi disso! Um aluguel semanal, que dá ao empresário quase um mês a mais de pagamento, e assim vai, valor que, possivelmente, vai quebrar... Então, estamos trabalhando para resolver isso. Há denúncia reafirmada com a letra da Secretária e do Chefe da Fiscalização da SMIC, o Walter, encaminhando camelô para ir comprar “ponto”, Ver. Brasinha, tudo provado e entregue para a Secretária Clênia. Este Vereador não joga conversa fora. Assim como não vou jogar este segundo documento que deixaram na minha porta. São cópias de e-mails, Ver. Haroldo, trocados entre várias pessoas da Prefeitura, vou ler o último – peço atenção da base do Governo -, do Sr. Rodrigo Kunde Maldini, Assessor Jurídico da Secretária Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégicos, encaminhando para o Sr. Maurício Gomes da Cunha e para o Sr. Virgílio Costa. Olha o conteúdo do e-mail. Lê: “Maurício. Para teu conhecimento, estou te encaminhando o e-mail explicando o entrave que estamos vivendo essa semana. Acredito que o Marins [trata-se do engenheiro Carlos Fernando Marins que cuida lá da remoção das famílias do socioambiental, Ver. João Bosco] tem razão, porque se tivermos que aceitar somente imóveis com construções averbadas, o processo tornar-se-á inviável. [Acho que os senhores sabem do que se trata, do bônus-moradia, Lei aprovada nesta Câmara] Podemos continuar fazendo as escrituras e pagando os bônus, mas parar as indenizações será desastroso para a campanha. [Aqui, está escrito pelo Sr. Rodrigo Kunde Maldini]. Temos cerca de 12 bônus aptos a serem pagos, só no aguardo desta decisão, a maioria de moradores do campo. [Há um campo de futebol, ou tinha antigamente] O Julio me comunicou que haverá reunião amanhã na sala do Dr. Alimena [um dos Procuradores do Município] para tratar disso. No meu ponto de vista, temos que arcar com esse ônus, pelo menos até as eleições.” Então é uma prova, aqui, está nos computadores da Prefeitura, o uso eleitoreiro descarado do Assessor Jurídico da Secretaria de Gestão, dizendo que tem que burlar a lei - que esta Câmara aprovou - por causa das eleições. Não pode parar o processo de pagamento da Bolsa-Moradia por causa das eleições. Eu quero ouvir, agora, Ver. Haroldo, Ver. Dib, se é mentira deste Vereador. Assim como a gente está afirmando que o Chefe da Secretaria Municipal de Saúde é primo do Secretário. E ele, no seu nível altíssimo, como sempre, diz que a gente mente. É só ele trazer a filiação dele e do Sr. Julio Cesar Felippe; é só trazer. Eu vou calar, virei a esta tribuna e direi: “Olha, a informação estava errada”. Eu quero saber se isso é mentira, porque eu também tenho o endereço onde tem casa de emergência onde não precisa, “a rodo”. É só ir no DEMHAB e pedir uma casinha de emergência, que é para uma situação de fato, de emergência, a casa está caindo, está morando em barraca, e assim por diante. É só ir lá no DEMHAB. Se quiserem o endereço, eu dou - Beco da Vila Jardim -, e a pessoa que está apoiando o candidato que nós sabemos quem é. Então eu não posso aceitar, já encerro Presidente, que a máquina da Prefeitura seja usada dessa forma. Fui elogiado e é isso mesmo. Este Vereador não usou e não aceita que ninguém use. A lei está sendo atravessada pela questão eleitoral. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. Guilherme Barbosa.

O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.

 

O SR. ADELI SELL: Ver. Sebenelo, existe vida inteligente em Porto Alegre, sempre existiu, existe e existirá. As pessoas saberão verificar com quem está a verdade dos fatos. Quem circula pela Cidade sabe que a Saúde vai mal em Porto Alegre. O Ver. Dr. Goulart, o Ver. Dr. Claudio Sebenelo e o Ver. Dr. Raul, três médicos, sabem que as coisas não vão bem. Nunca disse e nunca direi que, no passado, tudo estivesse uma maravilha. Não. Nós sofremos crises, apontadas inclusive aqui, e eu, humildemente, reconheço que houve problemas, mas nós fizemos “das tripas coração”, para ter uma Gestão compartilhada com a população de um lado, informando, com os Conselhos, com o Conselho Municipal de Saúde e, principalmente, com os servidores.

Hoje, há uma postura de arrogância, como se tudo estivesse resolvido; e não está! Respeitosamente, aos meus colegas da situação, eu queria convidá-los a visitar os postos de saúde desta Cidade. Nesta semana, eu falei com um grupo de pessoas que me disse o seguinte: “Nós aqui temos plano de saúde, mas, Vereador, a Saúde vai tal mal assim em Porto Alegre?” E eu respondi: “Muito pior do que as senhoras e os senhores possam imaginar!” Eu encontro pessoas entrevadas, em cima de uma cama, porque não têm como fazer cirurgia. As pessoas têm problemas gravíssimos de locomoção, porque nessa área não tem amparo; idoso não tem amparo. É verdade que nós temos a questão da longevidade, hoje há mais pessoas idosas, com mais problemas de saúde, e, na periferia, quem não tem plano de saúde vive o drama cotidiano da falta de medicamentos por falta de planejamento. Não é uma questão política, Ver. Goulart? Política no sentido da falta, muitas vezes, de vontade política, sim, e é um problema de gestão; compra-se mal, fiscaliza-se mal, obras são feitas sem fiscalização. Convenhamos, vamos ao Morro Santa Teresa para verificarmos a “abinha” que foi feita e que custou vinte e poucos mil reais, gente! Vamos lá, vamos lá verificar isso! Vamos deixar de lado o debate político-ideológico - cidade real/irreal, cidade da infovia, da não-infovia -, vamos deixar de lado tudo isso, vamos deixar de lado os debates político-ideológicos e vamos à realidade dos fatos, vamos visitar as reformas que foram feitas. Gente, não se sustentam! Não se sustentam! Eu desafio, vamos lá. Convidem a Verª Neuza Canabarro, que é Presidenta da Comissão, e já visitou e disse - ela, que é da base do Governo. Vocês, senhoras e senhores que nos ouvem, sabem do que eu estou falando, conhecem os postos de saúde, sabem que na Vila Mapa é uma tragédia, e não é só na Mapa; eu dei o exemplo da Mapa, porque estive lá, há dias, e vi a tragédia. Visitei todos os postinhos, de madrugada, aqui na Grande Cruzeiro. Só reclamações! E, como o Ver. João Bosco Vaz gosta de fazer uma boa provocação, ele perguntou antes: “Afinal de contas, não tem nada bom?” Eu disse que na questão do Turismo houve uma boa relação com a Ângela, com o Luiz Fernando. Continuam sem dinheiro inclusive, porque não houve dinheiro para a promoção. Mas quando o Bosco era Secretário, várias vezes eu fiz referência ao seu trabalho. Então, como existe vida inteligente na Cidade, as pessoas saberão decidir o que está certo, o que está errado, o que é demagogia, o que não é demagogia, o que é discurso, o que é palanque e aquilo que é real. Eu vivo na Porto Alegre real. E eu quero dizer que é muito triste, é doloroso verificar que a Saúde anda muito mal em Porto Alegre.

A pesquisa do Vox Populi demonstrou que o principal problema é a Saúde. Isso dizem as pessoas, não o Ver. Adeli Sell. O Ver. Adeli Sell é apenas a expressão de um conjunto de pessoas com quem eu falo e principalmente porque eu circulo pela cidade de Porto Alegre. Eu não viajo para fora e muito menos, como diz um ditado, Ver. Alceu Brasinha, eu não “viajo na maionese”. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maristela Meneghetti.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu, como o Ver. Adeli Sell, vivo na cidade real, a cidade que tem problemas, a cidade que busca soluções, não na “Cidade Viva”. A “Cidade Viva” não tinha problemas. Na “Cidade Viva”, o Posto dos Comerciários funcionava bem; mas nós recebíamos queixas aqui. Não eram fissuras que existiam nas paredes, eram enormes frestas! Formigas caminhavam nos pisos e nas paredes! As baratas desfilavam! E hoje o Posto dos Comerciários está funcionando muito bem. Foi recuperado. Não está na sua plenitude, não está como nós gostaríamos que estivesse, mas está melhor, está bom, não há mais reclamações. Falaram em Pronto Socorro; mas, evidentemente, quem gastou uma fábula de dinheiro pensando em administrar o Pronto Socorro e não soube usar o dinheiro? Quem foi? Foram os 16 anos maléficos para Porto Alegre e para a Saúde de Porto Alegre, porque em vez de melhorarem o Hospital, criaram um belo edifício administrativo. Isso era necessário, poderiam fazer no edifício administrativo um hospital e usar a parte desse para a administração do Hospital. Não, eles queriam o luxo, estavam muito pouco preocupados com os pacientes! Então, não falem em Pronto Socorro para quem gosta de olhar as coisas da Cidade. Até porque já estive hospitalizado no Pronto Socorro durante três meses e cinco dias e conheço-o muito bem.  

Falaram em remédios. Eu me lembro das reiteradas vezes em que o Dr. Paulo de Argollo Mendes veio a esta Casa para falar na Tribuna Popular e em audiências na Comissão de Saúde. A fabulosa Administração autodenominada “popular” não fornecia anti-hipertensivos. Quem tem que usar anti-hipertensivos sabe muito bem que esse é um remédio de uso contínuo, mas também sabe que é um remédio muito barato, principalmente para uma Prefeitura que compra centenas e centenas de milhares de comprimidos e usa genéricos. Eles não tinham os remédios! Anti-psicóticos eles não tinham! Anti-depressivos eles não tinham! Isso tudo era barato, e eles não tinham.

Não sou nenhum Malba Tahan, mas sou um homem que acompanha os números, e ainda ninguém conseguiu me desmentir. Quando o Sr. Lula da Silva assumiu o Governo, a Prefeitura de Porto Alegre passou a receber menos recursos para o SUS, para a Saúde, e eu quero ver quem contesta esses números! Já vi o Ver. Adeli Sell fazendo um esforço danado, contestou-me; mas lá na Comissão de Finanças ele não fez isso. Fernando Henrique Cardoso mandou para a Prefeitura de Porto Alegre, no seu último ano de Governo – vou dar números redondos -, 307 milhões; o Sr. Lula da Silva mandou para o João Verle, no ano seguinte, 251 milhões; mais um ano, mandou 266 milhões; mandou, no primeiro ano de Governo Fogaça, 286 milhões; mandou, no segundo ano do Governo Fogaça, 299 milhões - todos esses valores são inferiores a 307 milhões não-corrigidos, apenas nominais – e mandou, em 2007, 336 milhões. Então ele superou o Fernando Henrique pela primeira vez, mas só superou nominalmente, porque, se fizéssemos acréscimo de IGP-M e depois de IPCA, que é mais baixo do que o IGP-M, constataríamos que ele mandou, no ano passado, menos 104 milhões do que o Fernando Henrique mandou naquela oportunidade. E é de se acrescentar que os remédios têm aumentado mais do que a inflação. E o nosso Partido dos Trabalhadores vai àquela tribuna e desconstitui a Saúde em Porto Alegre. Quem é o culpado? Não é o Prefeito Fogaça, tenho certeza disso! É um conjunto de culpados, inclusive o Prefeito João Verle, que, nos últimos três dias de governo, passou mais para o Hospital de Clínicas e para o Grupo Hospitalar Conceição, tirando dinheiro da Prefeitura. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE(Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Dib.

O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maria Luiza.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, quero dar a minha saudação ao nosso Diretor da Guarda Municipal, que se encontra aqui, Delegado Ivair Mainardi. Seja bem-vindo, irmão!

Ver. João Bosco Vaz, o que mais me chamou a atenção foi o Ver. Guilherme Barbosa chegar aqui... Ele conseguiu pagar a conta da Prefeitura, imediatamente, em duas semanas. Em duas semanas, Vereador, o senhor conseguiu pagar 120 milhões! O senhor disse que em duas semanas pagaria o resto, Vereador! Vereador, quero dizer ao senhor: se era tão bom assim, se vocês tinham que pagar, por que não pagaram? Tiveram todo o tempo para pagar, Vereador! Tiveram todo o tempo...! E o senhor vem me dizer... Tem a grandeza de chegar aqui e dizer que em duas semanas seriam pagos, Vereador! Por que não pagaram, Vereador? Por que não pagaram? Vocês estiveram 5.844 dias no governo, o senhor era Secretário, Vereador! E mais ainda, eu estava falando há poucos segundos com dois doutores, o Dr. Humberto Goulart e o Dr. Claudio Sebenelo, e sabe quem é o culpado pela situação da Saúde, Vereador? O senhor sabe? Ele está lá em Brasília, é o Deputado Henrique Fontana. Foi ele que, literalmente, sucateou, quebrou... É verdade, Vereador.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Vereador, só quero dizer ao senhor que nós pegamos a Prefeitura toda sucateada! O senhor sabe! O senhor estava na SMOV, Vereador! O senhor trabalhou na SMOV, o senhor sabe porque trabalhou bastante lá e deixou quebrado lá, Vereador! O senhor deixou quebrado! Está tudo sucateado, Vereador. O Prefeito Fogaça fez uma grandeza por Porto Alegre. Vocês deveriam bater palmas para o Prefeito Fogaça, porque ele recuperou Porto Alegre, recuperou o crédito da Prefeitura! Isso sim! E agora, mais ainda, vocês querem voltar, Vereador! Querem voltar! Será que o povo estava errado quando trocou? Se vocês estivessem tão certos, vocês continuariam, Vereador! Quando um time está dando certo não se muda! E por que isso foi mudado? Por que, Vereador? Se estava tão bom assim, como falam dessa “Cidade Viva”, que era bom... Eu não sei, será que eu não morava em Porto Alegre, Ver. João Bosco? Onde eu andava? Eu estranho isso. Se o povo respondeu lá na urna, a gente tem que respeitar. E mais ainda, Vereador: certamente não há Secretaria alguma que tenha feito alguma coisa, na sua visão. Ninguém fez nada. Ninguém! Todo o mundo está errado para o senhor. É a fiscalização da SMIC, é a SMIC, é a SMAM, um ataca a Saúde, outro ataca outra... Ninguém fez nada, Ver. João Bosco. O senhor pegou uma Secretaria que não existia e o senhor fez muito! Está aí, graças a Deus, acontecendo, graças ao seu Projeto e à sua intenção de fazer andar a Secretaria. Por que eles não fizeram? Tiveram a oportunidade...!

Eu começo a pensar: será que sou eu que estou errado? Será que sou eu que não conheço? Que desconheço? Porque o Ver. Guilherme Barbosa chega aqui e fala que tudo era bom, que não sei o quê... que tudo era bom! Tudo era bom! Só que ele não pode esquecer que eu também moro há trinta anos nesta Cidade e não vi nada bom assim como o senhor dizia. Tenho endereço fixo, tenho como lhe dizer onde moro e mostrar para o senhor.

As próprias pessoas que moram na minha rua não demonstraram na urna, no dia em que foram votar, que tivessem visto algo tão bom assim. Nas urnas, eles mostraram que não estavam contentes com Porto Alegre, que Porto Alegre não estava como eles queriam, que não gostavam da Administração que estava acontecendo e, sim, que eles queriam uma Administração com atitude, com vontade de vencer. Porto Alegre está mudando e que vai mudar muito mais! Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. Alceu Brasinha.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 5545/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/08, que cria função regida pela Consolidação das Leis do Trabalho, pertencente ao quadro celetista em extinção, na Administração Centralizada do Município, para fins de reabilitação profissional, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 5547/08 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/08, que declara de utilidade pública a Escolinha de Educação Infantil Cantinho dos Piás.

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu acho que os Vereadores vão desistir do período de Pauta, então, eu, só para que ela seja considerada corrida, listei apenas dois Projetos: Projeto de Lei do Executivo que cria função regida pela Consolidação das Leis do Trabalho e Projeto de Lei do Executivo que declara de Utilidade Pública a Escolinha de Educação Infantil Cantinho dos Piás. Muito obrigado. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. João Antonio Dib.

O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. Este Vereador, que seria o próximo inscrito, desiste de discutir a Pauta. O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; colegas Vereadores e Vereadores; cidade real/cidade ideal - nós sempre caminhamos em busca de uma cidade ideal, porque nós temos ideais de solidariedade, de fraternidade, lutamos por democracia, por participação popular e vamos continuar nessa trilha. Agora, ficar nervoso, ficar incomodado quando nós fiscalizamos e cobramos? Eu não estou entendendo! Afinal de contas, qual é o papel de Vereador, senão cobrar, senão fiscalizar? É tolerável ver o Mercado Público sujo e a Prefeitura pagando uma cooperativa picareta, de quinta categoria, que paga uma miséria para aquelas pessoas? É tolerável isso? É tolerável a Prefeitura ter que pagar a conta duas vezes, porque a tal empresa Reação, tão picareta ou mais do que essa cooperativa, não pagou as pessoas, não pagou o 13º salário, apresentou uma CND falsificada e alguém aceitou? É tolerável pagar duas vezes uma conta? É só ver o Código de Defesa do Consumidor, qualquer consumidor ficaria furioso. Então, se a gente não pode cobrar mais nada, para que, então, nós termos uma Sessão da Câmara? Ah, mas não pode falar porque é época eleitoral. Mas se nós não estivéssemos aqui, seria um alarde, os Vereadores não estão na Sessão!

Nós queremos dizer e reafirmar, Ver. Luiz Braz, que o Parlamento é o espaço da democracia. Estar aqui nesta tribuna, como estar às cinco da manhã conversando com alguém da CARRIS, quando me contam as mazelas da CARRIS, isso é fazer jus ao cargo que nos foi delegado pelo voto popular, há quatro anos, ou não é? Visitar um posto de saúde às cinco horas da manhã é uma atividade parlamentar, e chegar aqui e dizer que encontrei o postinho da Vila Mapa em situação dramática e lastimável, com falta de servidores, sem atenção básica, isso é o quê? Isso é justo, é legal, é constitucional, é necessário, é importantíssimo para a Cidade. Isso é fazer jus ao voto popular, ao cargo de Vereador. Não podemos ficar incomodados quando nós apresentamos dados concretos, reais. Ou alguém contesta as fotografias sobre a EPTC? Eu, por exemplo, quero também aproveitar para dizer ao DMLU que, apesar de haver problemas gravíssimos de sujeira na Cidade, eu enviei algumas demandas para o Dr. Monks e fui atendido. Eu não vou omitir isso aqui; não vou omitir, porque é um cidadão que está ocupando um cargo. Quando o Vereador faz uma demanda, não é porque o Vereador quer ver atendida a sua demanda, é porque o povo quer ver a entrada da sua vila limpa, organizada, e é isso que tem que acontecer. Agora, quando a gente pede que pinte uma faixa de segurança numa via importante e o Secretário não responde, ou quando a gente diz que tem problema com uma linha de ônibus, e ele diz que está tudo bem, aí eu leio os PPs de um Vereador de situação, e a resposta é a mesma para uma outra linha; eu leio dum do PT, e a resposta é a mesma para outra linha, os senhores querem pedir que eu venha aqui elogiar o Sr. Senna? Não podem, não podem pedir isso para mim! Os senhores não pedem nem para um colega da situação, nem para o Líder do Governo os senhores teriam coragem de pedir que defendesse um Secretário assim. Não pediriam! Então, nós estamos colocando os pingos nos is, e espero que todos aqueles que venham aqui, da situação ou da oposição, façam isso! Nós estamos fazendo exatamente isso! O que o Ver. Barbosa colocou há pouco é o que veio aqui, é o que apareceu aqui na Câmara, não é invenção do Ver. Guilherme Barbosa, foi o que aconteceu na reunião da Comissão da qual ele é o Presidente! Esta é a Cidade real, este é o Parlamento real, é a isso que nós temos que dar atenção. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. Adeli Sell.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, gostei muito da fala do Ver. Adeli Sell, ponderado, agora, fazendo um reconhecimento do trabalho que o Vereador tem que prestar, realmente, tanto os Vereadores de situação quanto os Vereadores de oposição. Eu vou aproveitar, Sr. Presidente, V. Exª que é meu companheiro do PSDB nesta Câmara, e vou fazer um convite para todos os Vereadores e Vereadoras desta Casa e também aproveito aqui a audiência que tem o Canal 16 para convidar o público em geral: há dez anos, nós entregamos aqui, no mês de setembro ou outubro, o Troféu Solidariedade, que é dado a instituições e pessoas que trabalham nessa área, ou seja, àqueles que estendem as mãos a outras pessoas para ajudá-las. Amanhã eu estarei aqui, juntamente com todos os Vereadores e Vereadoras que quiserem me acompanhar, para fazer a entrega do Troféu Solidariedade. Entre as instituições e pessoas que vão receber amanhã o Troféu Solidariedade, nós vamos ter aqui a Aldeia da Fraternidade, que é a antiga Aldeia S.O.S; a Fundação Tênis, que também faz um trabalho magnífico no campo da solidariedade; o nosso amigo Gildásio Alves de Oliveira, ex-Presidente da SPAAN, que também fez um trabalho magnífico na SPAAN e continua trabalhando em prol dos idosos; a APAE de Porto Alegre vai estar presente; a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre estará aqui; o meu amigo Alexander Sapiro que faz um trabalho magnífico junto à PUC e também em prol das pessoas que mais precisam; o Instituto Sollus, que já foi tantas vezes criticado aqui, descobri que ele faz um trabalho maravilhoso em todo o País no campo da solidariedade, realmente é muito bonito. Nós vamos estar amanhã fazendo esse reconhecimento a todas essas entidades e pessoas. Assim, aqueles que quiserem estar aqui conosco será um prazer muito grande, a solenidade será às cinco horas da tarde aqui neste plenário; se Deus quiser, como acontece há dez anos, este plenário estará repleto de pessoas.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. João Antonio Dib.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Não será televisionado, porque os atos solenes, conforme foi decidido pela Mesa da Câmara, não serão mais televisionados. Amanhã estaremos filmando, claro, mas será uma empresa contratada especialmente para filmar o evento. Então, venho, especialmente usando o tempo de Liderança do meu Partido, convidar para que todos nós possamos estar aqui prestando uma homenagem às pessoas que trabalham no campo da solidariedade. Afinal de contas, o que nós mais precisamos, enquanto homens públicos, enquanto representantes públicos, é olhar toda a sociedade com aquela vontade, com aquele afã de querer ajudar cada um, para que possamos ter uma sociedade melhor no dia de amanhã. E essas pessoas e essas entidades, que serão homenageadas aqui amanhã com o Troféu Solidariedade, trabalham para que nós amanhã possamos ter uma sociedade melhor do que a do dia de hoje. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. Luiz Braz.

O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Ver. Sebenelo, demais colegas Vereadores - já vamos terminar, Ver. Haroldo! -, mais cinco minutos de bom debate. Acho que o debate é importante, nos leva para frente, e não há governo nem dirigente que tenha feito tudo que queria, inclusive; faz sempre uma parte do que quer fazer, porque as dificuldades são grandes.

É preciso trabalhar sempre com a verdade, não fazer frases de efeito. O Ver. Brasinha gosta de jogar os números e tal. Ver. Brasinha, se há um local onde não houve sucateamento, é na Secretaria de Obras e Viação. Nossas máquinas, todas antigas, funcionavam sempre. Hoje, coincidentemente, eu estive lá na Restinga, e, agora, sim: as máquinas não andam.

Produzi, junto com a Procempa e o Centro do Governo, um Projeto para encaminhar a aprovação de projetos por via eletrônica, e já estávamos implementando isso. O profissional engenheiro e o profissional arquiteto poderiam, do seu escritório, encaminhar pela Internet o projeto, que seria examinado na tela do computador na SMOV, e isso economizaria tempo. Ninguém precisaria se deslocar até a Secretaria, e já estávamos implementando com as residências unifamiliares. Ver. Dib, pergunte se isso andou. Parou. Este ex-Secretário, junto com a Sociedade de Engenharia, Sinduscon, Sindicato dos Arquitetos, estruturamos o novo Código de Edificação mais enxuto, mais objetivo, e mandamos para a Câmara. Estava aqui no final do ano de 2004. O Prefeito Fogaça retirou e nada encaminhou para dar mais agilidade nessa direção. Dificuldades todo mundo tem. O parque de máquinas é antigo? É antigo. Inclusive deixei montado um projeto para que fossem compradas máquinas novas. Alguém comprou? Não. A determinação, a opção da atual Administração foi, paulatinamente, ir aumentando a terceirização dos serviços. Tanto assim, que, na iluminação pública, iria ser feita a terceirização completa da DIP; uma verdadeira privatização. Mas o Ministério Público de Contas, um pouquinho ajudado por este Vereador, que se manifestou aqui, cobrou, a Administração recuou e está fazendo separado o projeto da eficientização, que é importante, e que todos nós queremos que seja implementado. Ou não é assim? Dois a três por cento era o percentual de lâmpadas apagadas na Cidade, há muitos anos, inclusive, creio eu, na Administração de Vossa Excelência, mas, agora, passou de 10%, há muito tempo, e é um processo crescente. Então é isso que nós temos que dizer. Ninguém fez tudo? Não, não fez. Agora, ficar por quatro mandatos é porque trabalhou, e trabalhou bem. As finanças da Prefeitura estavam quebradas, sim, quando nós entramos. Recuperamos e somente nós conseguimos, ao longo do tempo, implementar a 3ª Perimetral. Por quê? Porque recuperamos as finanças. Diz o Prefeito: “não pagaram a primeira prestação”. Foi tudo negociado. “Não pagaram nada e é por isso que a 3ª Perimetral está assim”. Isso é meia-verdade, porque toda a desapropriação saiu dos cofres da Prefeitura - ou em dinheiro, ou em desconstrutivo: em torno de 40 milhões de reais. Repito: 40 milhões de reais. E a primeira prestação estava negociada com o Banco para ser paga no começo de 2005. E nós lutamos para ganhar a eleição em 2004. Então, a atual Administração esqueceu de pagar aquilo que estava negociado para o começo de 2005. Essa é a realidade. E o discurso é outro. E apresento números que o Secretário Cristiano Tatsch trouxe aqui nesta Mesa: 97 milhões de dívida e 60 milhões em caixa. O Secretário Cristiano Tatsch disse isso aqui. Essa pequena diferença corresponde à arrecadação de dois meses da Prefeitura. Ele não disse que iria pagar em dois meses, mas levar quatro anos, e, com essa explicação, não confere.

Por último, Ver. João Dib, eu vou aceitar o desafio de Vossa Excelência. Não é a área que eu trabalho, mas eu vou me informar, porque é um total de recursos que vem para a cidade de Porto Alegre, para a área da Saúde; uma parte vem para a Prefeitura e outra vem para os hospitais. Anteriormente, vinha tudo para a Prefeitura, que repassava para os hospitais. “Passeava” uma parte do dinheiro para os hospitais. Não tenho certeza do que eu estou dizendo, mas acho que é isso, e eu vou me informar sobre os números. Eu vou aceitar o desafio de Vossa Excelência, porque a informação que eu tenho é que a modificação foi feita nessa direção. Não estou afirmando, mas vou me informar. Ao invés de “passear”, os recursos vão direto para os hospitais. Então, tem que somar os recursos que vão direito para a Prefeitura e os recursos que vão direto para os hospitais. Aí, nós temos que ver se os totais permanecem iguais, ou não; porque não há nenhuma área que o Governo Lula tenha cortado recursos, nenhuma área, ao contrário, cresceu muito em habitação popular, em saneamento e assim por diante. Muito cresceu no Governo Lula, então, encerro com isso, não teria nenhuma razão para diminuir na área da Saúde. Digo, não estou afirmando agora, acho que é isso, mas vou atrás dos números. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. Guilherme Barbosa.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras; vamos estabelecer que a verdade deve ser dita. Segundo semestre de 2004 - e este Vereador diz com toda tranqüilidade, até por que eu sou um servidor público municipal por vocação, formação, convicção e tenho muitos amigos ainda do meu tempo de Prefeitura -, as máquinas rodoviárias começaram a parar, e pararam quase todas, portanto, não venham contar história de máquinas rodoviárias parando porque não é uma novidade na Prefeitura. E eu recebia informações quase que diariamente: “Olha, parou mais uma máquina aqui na Rua Prof. Cristiano Fischer.” Então, não venham falar de máquinas.

É verdade que a iluminação em Porto Alegre está pior, mas nunca houve tanto roubo de fios como está acontecendo agora. Eu não sei por que, mas está acontecendo. Há pouco tempo um homem foi eletrocutado roubando fio; mais deveriam ser eletrocutados porque aí ninguém roubava fio. Agora, essa história de que os projetos na tela fazem a coisa andar com rapidez é brincadeira.

Em 2003, eu era Presidente desta Casa e algumas vezes eu respondi pela Prefeitura, e eu fui lá visitar o meu amigo Guilherme Barbosa, Secretário de Obras - eu também tinha sido Secretário de Obras -, e eu não tinha computadores naquele tempo e despachava os projetos muito mais rapidamente. Eu fui lá com Sinduscon, com o IAB, porque a coisa era terrível. Projetos não andavam, e, pior, autorizam a fazer, e, depois, quando a obra já estava levantada, diziam que não podia. Na Av. Wenceslau Escobar, por ali, aconteceu um fato desses, eu não estou bem lembrado de qual é a rua, mas aconteceu. Depois de tudo aprovado, iniciada a obra, lançadas as fundações, levantaram paredes, disseram que não era permitido fazer. Então, em matéria de projetos a serem examinados, acho que a Prefeitura tem dificuldade, sim. Estou reconhecendo. Mas a Prefeitura tem dificuldade desde o momento em que o Prefeito assumiu. E já na primeira semana de Governo, cinco milhões de dólares que deveriam ter sido pagos em 2003, foram pagos pelo Prefeito Fogaça. Então, acho que não dá para falar.

A Prefeitura tinha obras que não haviam sido empenhadas, obras que haviam sido empenhadas e não pagas. Logo, tinha que buscar recursos, tinha que enquadrar a Prefeitura para buscar outra vez a possibilidade de financiamento público. Pela primeira vez na história da Prefeitura, ela perdeu capacidade de fazer financiamentos internacionais. Pela primeira vez! Eu entrei na Prefeitura em maio de 1952 e acompanhei sempre. Vivemos momentos extremamente difíceis na Prefeitura, muito mais difíceis do que se possa imaginar hoje, mas o crédito internacional sempre foi mantido.

Sobre a Saúde falam tanto. O Dr. Pedro Gus, o extraordinário Dr. Pedro Gus, assumiu uma Secretaria de Saúde, e, nos primeiros momentos, os médicos ajudaram. Não foi só a Secretaria da Saúde; os médicos foram lá, fizeram um mutirão em todos os hospitais e fizeram mais de quatro mil cirurgias que estavam represadas.

Agora querem que o Prefeito Fogaça e o Secretário Eliseu Santos façam milagres? Não, isso não acontece. Tudo tem que ser devagar. Tudo tem que ser no seu momento. Tudo tem que ser oportuno.

Para não deixar o Ver. Guilherme Barbosa sem resposta, o espelho de hoje traz: “pagamento de Teto Municipal da Média e Alta Complexidade Ambulatorial – R$ 38.994.000,00.” Realmente, esse dinheiro não chega nos cofres da Prefeitura, mas está encaminhado para a Prefeitura. Só que é desse dinheiro, exatamente, que o Prefeito João Verle, três dias antes de deixar a Prefeitura, passou 52% para o Grupo Hospitalar Conceição e para o Hospital de Clínicas. Portanto, a Prefeitura aparece aqui com R$ 38.000.000,00, e não recebe R$ 19.000.000,00 – recebe muito menos.

Portanto, vamos devagar. Todos nós queremos uma Cidade melhor. Nós vemos defeitos, mas vemos também as qualidades. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. João Antonio Dib. Visivelmente não há quórum. Com a presença dos Vereadores Luiz Braz, Elias Vidal, Alceu Brasinha, João Bosco Vaz, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Guilherme Barbosa, Adeli Sell, Dr. Goulart e este Vereador, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h51min.)

 

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